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Mostrando postagens de abril, 2011

O assento dos acentos

por Tiago Lacerda Quando vejo uma cadeira, não penso outras coisas, É obvio que vejo simplesmente uma cadeira. Vejo todos os seus predicativos, vejo o que todos veem. Vejo o encosto, quando tem, vejo as pernas, ah se não tem! Tudo isso me remete a uma classe superior, aos assentos, Porém na fonética não posso ver, ou melhor, ouvi-los. Não ouço uma perna, mas sei quando há acento, o tom é outro. Aqui não só ouço como quero usá-lo, mas não na perna. E o medo de errar? É preferível não colocar, quem disse? Procuro saber onde eles estão e aonde vão. Mas tudo isso me confunde, só me traz escuridão. Quem disse que são “necessários” para a compreensão? O humano quis assentar-se sobre esta convenção, Positivar todo ato, todo sentido e toda fala. Repousar em assentos para acentos colocar, Para gerar tons, cores, enfim, a linguagem.